A psicoterapia psicodinâmica é uma abordagem terapêutica que se concentra na análise e compreensão dos processos inconscientes que interferem nas emoções e no comportamento humano. Baseada na teoria psicanalítica de Sigmund Freud, esta abordagem tem como um dos objetivos ajudar o (a) paciente a explorar e entender seus sentimentos, pensamentos e ações a partir de uma perspectiva mais profunda e ampla.
Esta abordagem se baseia na ideia de que muitos dos nossos pensamentos , sentimentos e ações são influenciados por processos inconscientes, que são difíceis de identificar ou compreender através da introspecção ou da observação direta. O (a) terapeuta psicodinâmico trabalha para ajudar o (a) paciente a identificar e compreender esses processos, muitas vezes utilizando técnicas como a associação livre, a interpretação dos sonhos e a análise da transferência.
Sendo a terapia psicodinâmica originada da teoria psicanalítica, existem semelhanças importantes entre essas duas abordagens. Uma delas é o foco na relação terapêutica e na transferência. Ambas enfatizam a importância da relação entre o (a) terapeuta e o (a) paciente, como um meio de explorar seus conflitos inconscientes. A transferência é a pedra angular do trabalho psicoterapêutico psicanalítico e, portanto, também é essencial na terapia psicodinâmica. Outra semelhança é que ambas as abordagens consideram a importância dos conflitos entre as pulsões inconscientes para a origem dos sintomas psíquicos.
Além disso, elas usam técnicas como a livre associação, a interpretação dos sonhos e a análise do material transferencial para ajudar o (a) paciente a compreender e resolver seus conflitos internos. Conforme afirmado pelo psiquiatra Glen Gabbard (1998), “a terapia psicodinâmica se concentra na exploração das emoções, fantasias e padrões inconscientes do (a) paciente, com o objetivo de ajudá-lo (a) a ter insights e desenvolver uma compreensão mais profunda de si mesmo (a)”.
Explorando as experiências e emoções do passado, a psicoterapia psicodinâmica pode ajudar o (a) paciente a compreender melhor as causas de seus problemas atuais e a desenvolver novas formas de lidar com esses problemas. Ao longo do tempo, o paciente tende a ter mais consciência dos motivos dos seus sentimentos e atos, podendo compreende-los e alterar a forma com que se relaciona com eles.
Referências
GABBARD, G.O. (1998) Psiquiatria psicodinâmica. Porto Alegre: Artes. Médicas.
